quinta-feira, 12 de maio de 2016

Mentalidade de Risco na ISO 9001:2015


Uma das grandes novidades da ISO 9001:2015 claramente é a definição da necessidade do estabelecimento de uma abordagem de risco. Em versões anteriores da ISO 9001, existia a cultura da ação preventiva. Nesta nova versão o risco é levado em consideração e incluído em todas as cláusulas da norma. 

Através de uma abordagem baseada no risco, uma organização torna-se proativa ao invés de apenas reativa, e trabalha para prevenir ou reduzir os efeitos (riscos), e promover a melhoria.  O item 6.1 da ISO 9001:2015, propõe que as organizações devam planejar ações para abordar os riscos e oportunidades relacionados ao seu contexto (4.1) e às suas partes interessadas (4.2).



Considerando a definição da ISO 9001:2015, risco é o efeito sobre a incerteza, ou seja, pode ser adverso ou benéfico, relacionado ao resultado esperado de um processo, projeto, atividade, produto, serviço, ou qualquer outro objetivo. Desta forma, gestão de risco é um processo que visa identificar, mitigar, analisar, e planejar ações para evitar situações indesejadas e potencializar oportunidades.  A ISO 9001:2015 usa a mentalidade de risco para conseguir melhorar o sistema de gestão, sendo:

Ø Na cláusula 4 (Contexto): é necessário que a organização determine os riscos que podem afetar a conformidade do produto.
Ø Na cláusula 5 (Liderança): a Alta Direção deve comprometer-se para assegurar que a gestão de riscos definida na cláusula 4 seja aplicada.
Ø Na cláusula 6 (Planejamento): a organização deve tomar medidas para identificar riscos e oportunidades.
Ø Na cláusula 8 (Operação): a organização deve implementar processos para lidar com os riscos e as oportunidades.
Ø Na cláusula 9 (Avaliação de desempenho): a organização deve monitorar, medir, analisar e avaliar os riscos e as oportunidades.
Ø Na cláusula 10 (Melhoria): a organização deve melhorar respondendo a mudanças no risco.


A ISO 9001:2015 não tem um requisito que obriga a implantação de um método especifico para Gestão de Risco, ficando a critério da organização decidir qual o melhor método/ferramenta condizente a sua realidade. É oportuno consultar a ISO 31000:2009 Gestão de Riscos - princípios e diretrizes, para melhor entendimento sobre o tema.

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